quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Cartas na mesa

Agora é oficial.
Terminou na noite de hoje o prazo de inscrição das chapas que concorrerão à presidência do Flamengo para o próximo triênio 2016-2018.
Concorrerão ao pleito Eduardo Bandeira de Mello, Wallim Vasconcelos e Cacau Cotta.
A política rubro-negra sempre foi muito quente com várias correntes dentro da Gávea. E não será diferente desta vez.
Figuras emblemáticas costumam aparecer declarando seu apoio, como foi o caso de Zico, há algumas semanas. 
Nomes ligados diretamente à cartolagem também ressurgem nos noticiários do clube nessa época, como Márcio Braga, Helal e Kleber Leite.
Independente da corrente, o próximo mandatário deve abraçar a ideia da responsabilidade fiscal que o clube promoveu nos últimos anos. Digna de várias menções, inclusive internacional, a atual administração conseguiu tirar a visão de mal pagador que o clube ostentava há décadas.
Os frutos colhidos foram bastante razoáveis (estabilidade financeira, credibilidade com jogadores e aumento do número de sócio-torcedores).
Deixou a desejar, contudo, em outras áreas.
Errou muito nas escolhas dos treinadores; apostas erradas em jogadores que deveriam ser o principal da equipe; enfraquecimento de modalidades tradicionais, como vôlei e remo e o que considero pior: a falta de planejamento para os mandos de campo nos jogos em 2016. 
O novo mandatário terá que conviver com algumas consequências inevitáveis disso: a diminuição dos sócio-torcedores, que não terão o seu principal benefício, que é aquisição dos ingressos; e os prejuízos técnico e financeiro com o Flamengo tendo que mandar seus jogos em Macaé, Volta Redonda ou, até mesmo, fora do Rio. É um problema que poderia ter sido evitado.
Diante de todos esses desafios - manutenção da responsabilidade fiscal, reestruturação de outros esportes, criação de atrativos que possam manter os sócio-torcedores ativos e, principalmente, a construção de sua própria casa - talvez fosse interessante a ideia de rodízio entre os mandatários, discurso defendido por Wallim. Profissionalizar de vez a administração do clube de maior torcida do Brasil e não permitir a volta do "populismo rubro-negro". 
Deus abençoe a escolha da Nação!


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