domingo, 22 de maio de 2016

Quem Vai Pagar o Prejuízo?

Quanto vai custar essa semana para o Flamengo?
Após a eliminação da Copa do Brasil, diante de uma equipe até organizada e respeitada, mas que não minimiza a tragédia, o rubro-negro voltou à campo na tarde deste domingo e perdeu novamente.
Não fosse a sequência desanimadora, seria um resultado muito comum. Afinal, é tratado como tabu o Flamengo vencer o Grêmio em Porto Alegre.
Mais uma vez, porém, vimos um time desorganizado, sem vibração e tecnicamente limitado. Taticamente, nem se fala.
Estamos na segunda metade do mês de maio. E o Flamengo não mostra um padrão de jogo à altura do elenco que possui.
O técnico se mantém pelo nome que traz, pelos títulos que carrega consigo. Ninguém duvida que se fosse outro treinador e o time apresentasse esse rendimento e esse pífio resultado (eliminação de todas as competições disputadas, tendo jogado mal quase sempre), a conduta diante da permanência do treinador seria outra.
Ou a diretoria rubro-negra é tão moderna e evoluída assim que pensa diferente? Não, sabemos que não é. Aliás, passa longe de evoluída, haja vista o amadorismo e desrespeito com que lidaram com Jayme, Luxemburgo e Oswaldo de Oliveira.
Então, vemos o diretor executivo dizendo que "está na hora de os jogadores renderem".
Ora, está na hora deles???
E o fato de não haver planejamento para o Flamengo ter uma casa no Rio de Janeiro para jogar na ausência do Maracanã?
Faz com que o time se desgaste em longas viagens pelo Brasil, em desagrado com todos os jogadores e comissão técnica. Quem está ganhando com isso? O Flamengo? 
Vamos jogar a maioria dos jogos que o fator campo deveria ser uma importante arma a favor do time numa casa neutra, favorecendo a quem? 
Quem tem que render mais, diretoria? 
Os jogadores ou vocês?
Uma eliminação e a primeira derrota no campeonato brasileiro. 
Saldo dessa semana.
Caro, já está custando caro demais.

Está na hora de essa diretoria render mais.

domingo, 15 de maio de 2016

Dúvidas e Certezas

E a bola rolou!
O campeonato mais equilibrado do Planeta começou nesse fim de semana. E como não poderia ser diferente, vários são os palpites para os favoritos ao título, aqueles que não vão disputar nada e aqueles que verão o fantasma do rebaixamento de perto. 
Pouco ou quase nada de espantoso nessa primeira rodada. Algumas goleadas, algumas certezas e muitas, muitas dúvidas para o restante do campeonato.
Os grandes de São Paulo, especificamente, Santos, Palmeiras e Corinthians, somados a Atlético-MG, parecem levar uma ligeira vantagem nesse início.
Botafogo, Vitória e Coritiba (apesar da vitória) deixam seus torcedores apreensivos desde cedo.
Enquanto São Paulo, as duplas Fla x Flu e Gre-Nal, além de Cruzeiro e o sempre inconstante Atlético-PR são as principais incógnitas desse campeonato.
As próximas semanas darão algum aperitivo a esse campeonato. 
Participação em Copa do Brasil, Libertadores e janela de transferência são os temperos e destemperos desse início que, sabemos bem, interferem muito no resultado final.
A conferir.

Surdez e Cegueira

O inconformismo bate à porta, agora, daqueles que cultivaram por muito tempo o discurso do terror e do medo. E que seguem num tom utópico de perdas dos direitos adquiridos e coisas do tipo. O tom é repetitivo, é chato e vazio. 
A entrevista do Presidente em exercício (esse será seu predicado até o julgamento final do Senado) ao Fantástico deveria servir para a grande parte da sociedade que sofre os males (esses sim, adquiridos) fazer juízo das dificuldades que ele enfrentará nesses primeiros meses e entender a real situação encontrada após o impedimento, mesmo que temporário, da presidente Dilma. 
Em parte, deveriam entender e, por que não, aceitar que o presidente em exercício está legitimamente dentro de sua função. E parar com um discurso oco de golpe, de traição. 
Reconhecer que os mesmos 54 milhões de votos dados à presidente Dilma elegeram o seu vice. E conforme a Constituição, em caso de impedimento do presidente, realizado após julgamento do Senado Federal, o vice-presidente assume o poder. Simples assim. Por que é tão difícil entender?
Deveriam se atentar para os milhares cargos comissionados que deverão ser extintos; que a redução do número de pastas ministeriais já é um sinal do que o novo governo quer. 
Que o que é direito adquirido é constitucionalmente protegido. 
Que os projetos sociais são prioridades para uma sociedade verdadeiramente ainda pobre.
Que muitos serão os desafios, que a intolerância à corrupção será maior a cada dia e que, apesar de ser impossível separar política de ideal ou notabilidade, o objetivo é acertar.
Como aclamado pelo presidente em exercício , não falemos mais de crise. 
Vamos trabalhar!
Poderiam ter ouvido algo parecido.
Mas preferiram apito, gritos e panelas.
A surdez e a cegueira contagiam.