quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Entrevista com os candidatos rubro-negros - Segunda parte

Vamos dar continuidade à entrevista com os candidatos a presidente do Flamengo para o triênio 2016-18. Seguem as próximas duas perguntas feitas aos candidatos. Como dito, o candidato da chapa azul e atual presidente do clube, não se manifestou ao convite do blog.


Blog: O Flamengo ainda possui a maior torcida do Brasil. É maioria em grande parte dos jogos, sejam disputados no Rio ou em qualquer canto do Brasil. É um clube continental, de fato. Apesar disso, o Flamengo não consegue emplacar campanhas de adesão ao clube junto ao seu torcedor. Foi assim em diversas tentativas no passado e, atualmente, vê no programa sócio-torcedor um projeto que não engrena de fato. Outros clubes, independente de suas forças regionais, mas longe da força nacional do rubro-negro, conseguem manter-se no topo da lista com mais números de adeptos ao programa. O que fazer para a maior torcida do Brasil ser a primeira em número de sócio-torcedores? Quais as medidas para atrair novos sócios e manter aqueles que já o são? Principalmente, no ano de 2016, quando em grande parte do ano o Flamengo não jogará no RJ? Concorda que a marca “Flamengo” é sub-utilizada? 

Cacau Cotta:
Precisamos popularizar o programa de sócio-torcedor do Flamengo. Um clube que tem 40 milhões de torcedores espalhados pelo país não pode se gabar de ter pouco mais de 70 mil sócios seja um exemplo de programa bem sucedido, porque não é. Longe disso. Precisamos urgentemente trabalhar para captarmos novos associados espalhados pelo país afora. E para isso, imagino que a Caixa Econômica pode nos ajudar muito através da capilaridade que as casas lotéricas espalhadas pelo país proporcionam. Tem muito torcedor do Flamengo que mora fora do Rio e que não hesitaria em ajudar o clube pagando uma mensalidade menor só pelo orgulho de dizer que está contribuindo com o Flamengo.

Wallim Vasconcellos:
O programa de sócios-torcedores deve apoiar-se em um tripé: performance esportiva, ídolos e estádio. Neste triênio de 2016/2018, nossa prioridade será o futebol. Logo, os dois primeiros pontos devem contribuir de forma importante para a evolução de nosso programa. Baixar preços simplesmente deve gerar canibalização de produtos e queda de receita para o Flamengo. Por exemplo, quem opera com cobrança em boletos, tem tido inadimplência de 80%! Ou seja, destrói valor, infelizmente. Vamos criar produtos mais adequados à realidade pela qual passamos no país, especialmente para aqueles que moram fora do Rio de Janeiro. Criaremos um produto corporativo, seja para torcidas organizadas, seja para grupos de torcedores de fora do Rio. Este produto corporativo será oferecido em empresas do Brasil em formato semelhante ao de empréstimos consignados, com preços mais acessíveis. Fica faltando o estádio, nosso sonho maior, que será, com toda a certeza, endereçado neste próximo mandato, seja pela construção de um novo ou outra solução que atenda a este ponto de forma rentável e viável para o clube. Isto acontecendo, teremos a possibilidade de comercializar propriedades de forma eventual (placas, anúncios, camarotes avulsos) bem como em caráter permanente, com a venda de cadeiras cativas nominais.

Blog: Prejuízo técnico e financeiro com campeonatos regionais, dívidas do passado, alto custo operacional do Maracanã, crise econômica, etc. Muitos são os problemas que o presidente do Flamengo enfrentará. Dentre todos, qual será o maior desafio para o próximo triênio (2016-2018)?

Cacau Cotta:
Quero abrir a caixa-preta das finanças do Flamengo. Qual o custo para o clube a opção em trocar a dívida pública pela privada sem que isso represente trazer dinheiro novo?

Wallim Vasconcellos:
O maior desafio será manter as conquistas administrativas, melhorar a área social do clube e especialmente avançar muito no futebol, tanto no que se refere ao time em si quanto à estruturação da base. Vamos finalizar o CT George Helal e buscar viabilizar nosso estádio.

Nos próximos dias, publicaremos o restante da entrevista. Esportes olímpicos e expectativa do torcedor para o próximo presidente serão os assuntos abordados.




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